quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012


3. RAMOS MUITO FRUTÍFEROS

Essa é uma das partes mais prazerosas desse assunto, pois fala da compensação que é se tornar um ramo de valor. Sim, com certeza há uma grande recompensa. No entanto há um paradoxo interessante entre Deus e o homem: é o fato de que Ele tem prazer em abençoar, em ser generoso e abundante; mas nós temos prazer em receber, obter vitórias, etc., mas com o tempo, a medida qua a natureza de Cristo se consolida em nós firmemente, passamos também a ser como Ele e ter prazer nas coisas que ele tem. Vejamos agora as principais bênçãos de sermos ramos muito frutíferos.

1) Têm orações respondidas, v.7.

Uma das maiores bênçãos que demonstram a nossa comunhão com o Salvador, são as respostas de Deus às nossas orações. À medida que nós priorizamos o Reino de Deus, elas acontecem porque Ele age em nosso favor, quer dizer, “trabalha por aqueles que nele esperam”. Há momentos que nem mesmo oramos, orações conscientes não são realizadas, nem certas coisas desejadas, mas o cuidado peculiar de Deus é nos revelado de maneira surpreendente através de bênçãos especiais que recebemos das suas mãos inesperadamente. Deus, como nosso Bom Pastor, cuida de nós provendo, guiando, protegendo, derramando graça e misericórdia sobre as nossas vidas. É uma bênção  servirmos a Deus, nenhuma outra experiência religiosa por melhor que pareça ser se compara a esta.

2) O Pai é glorificado, v.8.

Todo agricultor tem grande satisfação e orgulho dos frutos que a sua fazenda produz. O vinhateiro comum não foge a exceção, nem Deus o Viticultor divino, pois ele se sente honrado, magnificado e glorificado pelo fato de parecermos com Ele. Posto que, em nossos contatos diários, o caráter de Deus se manifesta em nós em espírito e em verdade. Se queremos a glória de Deus temos que morrer, temos que sofrer a poda da bagagem desnecessária e inútil. Todo ser que tem fôlego de vida louva ao Senhor, este é um atributo da natureza, mas apenas os filhos de Deus o adoram, apenas os ramos da Videira que estão em plena conexão com o Senhor é, que de fato glorificam o seu nome, que é excelso para todo o sempre, amém.

3) Somos discípulos do Senhor, v.8b.

Apenas quando Deus é por nós glorificado verdadeiramente que nos tornamos discípulos do Senhor Jesus, como Ele mesmo disse, “e assim vos tornareis meus discípulos”. Note que precisamos estar em comunhão com Ele numa sintonia fina, expressarmos semelhança com Ele e glorificarmos ao Pai, para que, então, sejamos reconhecidos como autênticos discípulos do Senhor. A exposição dessa verdade feita pelo Mestre de Nazaré, “e assim vos tornareis meus discípulos”, é  também encontrada em certo texto anterior que diz, “se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sois meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”, Jo 8.31-32. Portanto, o sucesso da vida cristã é determinado pela obediência perseverante. Assim sejamos ramos plenamente conectados e leais ao Senhor contínuamente, e assim produziremos frutos abundantes na sua obra. Em relação ao mundo espiritual nada fica sem definição ou encoberto muito tempo, ou a pessoa é ou não é discípula do Senhor, pois por aquilo que a pessoa é, faz e os frutos que produz é como ela será reconhecida por Deus. 
E “tal como um agricultor sente que os seus labores estão sendo ricamente recompensados, quando o fruto de sua vinha é abundante, assim também os eternos desígnios de Deus são vistos como algo que produz um glorioso efeito. Quando os vasos de misericórdia, os redimidos, abundam nos frutos, de justiça, que vem por meio de Jesus Cristo..” 

CONCLUSÃO

Devemos nos esforçar para compreender os desígnios de Deus, as evidências nos revelam que Ele tem um objetivo em mente em permitir que sua igreja esteja no mundo. O Senhor Jesus foi e prometeu voltar, mas porque Ele ainda não cumpriu a sua Palavra? Temos um documento fiel produzido por pessoas acima de qualquer suspeita e inspirado pelo Espírito Santo que aponta para isso. Ele não regressou ainda porque quer que a sua igreja continue salinizando, iluminando e resgatando alguns do mundo. Portanto é muito importante a nossa comunhão com o Senhor Jesus, somente através do poder que há nesta conexão é que produziremos superabundantemente frutos para Deus até que Ele volte. Ora vem Senhor Jesus!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O PODER DA CONEXÃO DOS RAMOS - 2ª Parte


II.  RAMOS TRATADOS

Numa lavoura, não é apenas importante plantar, importa cuidar para a preservação da mesma. O Mestre fala do cuidado divino aos seus discípulos de maneira que eles entendem esse aspecto da obra de Deus, que também é decisivo para a expansão do seu reino aqui na terra. Mas como é dispensado esse cuidado? Nós de igual modo precisamos conhecer esse processo que se efetua na vida cristã, afim de, também podermos ajudar outros irmãos mais novos, até atingirem o melhor do seu potencial produtivo. Com essa ajuda é que poderemos promover o amadurecimento deles na fé de maneira natural.

1) A necessidade da poda (proteção)

Os ramos da Videira, que são os cristãos, precisam de um cuidado especial chamado poda. A poda consiste no corte dos ramos no tempo certo, caso a podadura não seja feita, essa falta trará resultados danosos a planta. Os viticultores podam os ramos para possibilitar uma maior penetração dos raios solares na planta, evitando fungos que adoeceriam a mesma, ajudam também na circulação do ar, antes impedido pela falta de ventilação natural. Os podadores eliminam possíveis galhos inúteis que comprometeriam a qualidade do fruto da vide, no caso da Videira Verdadeira, isso é uma atribuição exclusiva do Viticultor divino. Enfatizamos que ninguém mais, a não ser o próprio Viticultor divino tem esse direito, o direito de executar a poda.  Lamentávelmente, por falta de entendimento, egoísmo ou ciúmes, alguns líderes acham que tem autoridade absoluta para disciplinar a seu bel prazer os crentes e obreiros da sua congregação. Tratam a igreja como se fosse uma monarquia absolutista, i.e., um reinado cujo rei dá sempre a última palavra e que está acima da lei. Evidentemente, somos contra toda forma de desordem e rebelião, porém há líderes que disciplinam seus cooperadores de modo injusto quando aplicam certas “medidas para o bem da obra de Deus”, na verdade, estão tomando para si uma autoridade que eles não têm: com ameaças, disciplinas e até mesmo exclusões por certos irmãos não se comportarem conforme “a sua doutrina”.

2) A finalidade da poda (fruticação), v.2.

Como a podadura consiste na eliminação daquilo que é inútil, prejudicial, com capacidade de adoecer a planta, então é de suma importância que a poda se realize. Só sofre esse cuidado aquele que dá fruto, como disse Jesus, “e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda”. Em teoria, isso é muito agradável, mas na prática, é doloroso e necessário à sobrevivência, pois deixamos pelo caminho da nossa existência tudo aquilo que ao viticultor divino não interessa. Por exemplo, certas coisas que vinham dando certo inexplicavelmente não dão mais, amizades que se esfriam e deixam de existir, etc., sofremos mas entendemos que nada é por acaso, embora não haja explicação. Apenas temos de confiar nas santas e benditas mãos do podador divino que trabalha em nosso favor.

3) Como a poda se processa (a Palavra), v.3.

A Palavra de Deus é o principal instrumento de podadura, é ela que opera em nosso favor. A Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus, que alguns estudiosos conceituam como logos. Esse logos trata de nos fornecer todo conhecimento geral que precisamos a respeito de Deus; entretanto, há partes das Escrituras que sendo pregadas ou ensinadas falam conosco poderosamente e nos movem a fazer ou deixar de fazer aquilo que Deus quer. São Palavras específicas de Deus a nós que possibilitam as mais diferentes bênçãos sobre a nossa vida, chamadas “rhema”. Como por exemplo, a cura, a libertação, os milagres, restauração emocional, inclusive a própria podadura do que necessário for que possibilite a frutificação em termos de caráter pessoal e de almas para o reino de Deus.


Precisamos desesperadamente receber o tratamento cuidadoso do Senhor para nossa subsistência e frutificação espiritual. É Deus que opera em nós tanto a podadura quanto o desejo de a recebê-la. Quando atinjimos esse nível significa que, nossa compreensão espiritual atingiu um grau desejável de amadurecimento. Tal maturação vem com o tempo e esforço de entender a mão de Deus sobre nós. Na verdade, não gostaríamos inicialmente de deixar ou de perder nada, porque na mente capitalista, apenas se é treinado para ganhar. Todavia, a mente divina incomparavelmente superior a nossa, sabe que bagagem devemos dispensar ao longo de nossa jornada, pois Ele conhece toda a rota a ser percorrida e nós não.