domingo, 22 de janeiro de 2012

O PODER DA CONEXÃO DOS RAMOS - 1ª PARTE

Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda”, Jo 15.2.



I. RAMOS LIGADOS

Há três aspectos do assunto em consideração: Primeiro,  as pesssoas divinas representadas distintamente no agricultor (o Pai Celestial) e na Videira (o Senhor Jesus Cristo); e depois o cristão, representado nos ramos da videira alegórica apresentada em João 15. A finalidade deste texto é mostrar a importância da comunhão com Cristo, e de se ter um caráter transformado, e simultâneamente um testemunho fecundo de evangelização e discipulado no mundo. Bem como demonstrar a maneira de usufruir das bênçãos prometidas procedentes dessa conexão real entre o cristão e o Senhor Jesus.

1) Não existem ramos sem o tronco

Não existe ramo que brote por si mesmo, ele sempre é a extensão de uma vida vegetal que procede de um tronco qualquer. Parece-nos muito óbvio e desnecessário o que falamos, mas não é. Sabemos que há pessoas no mundo cheias de virtudes e que não tem nenhum compromisso espiritual com Cristo. Até o respeitam como um grande sábio e líder religioso, todavia não têm nenhuma conexão com Ele. Reconhecemos que tais virtudes pessoais tem o seu valor social, elas são importantes, contudo, lamentávelmente estão mortas para Deus. Posto que não há vida para o ramo longe ou separado do tronco, portanto, como bons ramos, estejamos ligados na Videira verdadeira.  

2) Não produz fruto de si mesmo (incapacidade), v.4,5b.

Um ramo qualquer nasce no tronco de uma videira a partir da seiva dela, i.e., da sua vida, que está no tronco produzindo crescimento e o devido fruto. Nenhum ramo tem poder por si mesmo de gerar, logo está claro que o crente não pode produzir fruto para Deus de si mesmo, ele precisa da seiva de Cristo Jesus através da comunhão, para que seja produtivo. Ser produtivo quer dizer, possuir o caráter transformado, ter em si a presença das virtudes cristãs (denominadas fruto do Espírito), e almas ganhas para Cristo. Tais coisas são resultados do mover do Espírito Santo no crente. Cujo resultado é consequência de uma sinergia entre Deus e o crente. Tal esforço combinado impede que haja acomodação por parte daquele que serve a Deus em sinceridade, posto que o Agricultor divino jamais se acomoda.

3) Ligado, produz muito fruto, v.5.

A frutificação abundante é resultado do amor, da comunhão e dedicação ao Senhor Jesus. É o discípulo que vive cada dia a negar-se a si mesmo e viver como Ele viveu, pois somos extensão, imitação e a glória dele. Em nossa vida prática devemos zelar por essa comunhão como muito zelo e carinho, tal dedicação resulta em frutificação constante. Sob outro aspecto afirmamos que o fiel deve cuidar para que a sua unção e presença permaneça nele incessantemente. Para tanto, convém vigiarmos com os nossos pensamentos, onde fixamos os nossos olhos, naquilo em que tocamos, projetos e decisões que tomamos, e ainda tudo o que fazemos, para que a nossa comunhão não seja jamais interrompida. Caso aconteça algum acidente no percurso da nossa existência, devemos confessar a ele e buscar ajuda, se necessário for, em alguém que seja maduro e possa nos ajudar em nossa dificuldade.

CONCLUSÃO

O Novo Testamento trata o fiel como cristão, santo, crente, ramo da videira, etc., se somos leais a Cristo, não somos pecadores pelo prazer à prática do pecado, todavia não nos tornamos impecáveis pelo fato de termos sido regenerados e recebermos a nova natureza de Cristo em nós. Por isso precisamos do contínuo desenvolvimento de nossa comunhão. Por outro lado os cristãos amadurecidos e oficiais da casa de Deus devem se disponibilizar para assistir os crentes em geral nas suas dificuldades, operando no sentido de ajudar os irmãos, ouvindo-os em suas falhas e reencaminhando-os com espírito brando, tendo cuidado consigo mesmo para não ser tentado, Gl 6.1; Tg 5.19-20.

Continua na próxima semana

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